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ARTIGOS

Somos responsáveis pelo que plasmamos na memória do outro?

Publicado

em

memória

TV MUNDO MAIOR e O CLARIM

Através da fala curamos, e também através da fala contaminamos, não só a nós mesmos, mas também os outros.

Quando falamos mal de algo ou alguém para outra pessoa, levamos a vibrar na mesma negatividade de nossas palavras e passamos esse olhar e a energia para a outra pessoa.

Um certo dia, eu encontrei uma amiga em um outro centro espírita que não era o mesmo que eu a conhecia e onde eu trabalhava como voluntária.

Ela me disse, que não sabia como eu aguentava aquele centro espírita, por que era pequeno e os dirigentes ruins. No momento eu não sabia muito bem o que dizer, apenas sorri e fui embora.

No caminho para a minha casa, eu fui pensando em todas as coisas ruins que tinha no centro espírita em que eu trabalhava. Mas no mesmo momento eu vi, que estava me deixando levar por palavras que não iriam me ajudar e nem ajudar ao centro em nada.

“Conversa inútil é excedente enfermiço.” ( Hilário Silva, no livro O espírito da Verdade, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, cap. 15)

Compreendo que ainda é díficil nos abstermos, no passar do dia, de conversas inúteis, mas é necessário que compreendamos as nuances de palavras mal ditas, evitando infectar o próximo. Somos responsáveis pelo que plasmamos na memória do outro; nossa responsabilidade sempre será maior do que podemos supor.

Desta forma, a doutrina espírita sempre reitera que a evolução é coletiva e são nessas pequenas situações que temos a grande chance de ajudar e ser bem compreendido diante de nossos propósitos.

A caridade consiste também em deixar que o outro em menor condição fale, é necessário que estejamos em condições de ouvir sem que nos afetamos com a “verdade” do outros.

Sem dúvida que não conheceremos a verdadeira essência de um indivíduo apenas por suas palavras, mas para nós que já começamos a caminhar no caminho do autoconhecimento e da reforma íntima, há sim a responsabilidade mútua de fazer o regime diário das palavras, e de assumirmos as consequências de cada uma delas.

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