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Os animais e o Espiritismo: bem-estar dos nossos irmãos

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animais e espiritismo

G1 TRIÂNGULO MINEIRO | Mariana Dias

‘O amor pelos animais ultrapassa a barreira religiosa’. É o que diz o médico veterinário e professor Cláudio Yudi, que desde 2011 aborda a relação dos animais com o espiritismo em palestras e nas salas de aula em Uberaba. Segundo ele, muitas pessoas – espíritas ou não – têm buscado alternativas, como passes, para melhorar ainda mais a qualidade de vida dos pets.

Por atuar na área acadêmica e ser orador espírita no Centro Bittencourt Sampaio, ele sempre teve interesse por pesquisar animais. Foi daí que surgiu a ideia de abordar o tema com os alunos e em palestras, todas gratuitas, já que várias pessoas também demonstraram interesse em saber mais sobre o assunto.

Ao todo, Yudi já visitou mais de 15 cidades. A última palestra foi nesta última semana em São Joaquim da Barra (SP), com o tema “Os animais nas obras de Chico Xavier e André Luiz”.

O professor conta que tanto Chico, quanto André, citavam a participação de diversos animais em suas obras.

“Chico sempre teve cães e gatos em casa. Ele dizia, por exemplo, que tinha uma relação íntima com os cães e os chamava de confidentes. Isso entre os anos 1960 e 1980, quando não se falava muito de bem estar animal. Depois, nas obras de André Luiz, desde o primeiro livro ‘Nosso Lar’, ele mostra que, no outro lado da vida, além de pessoas, existem animais silvestres e domésticos”, acrescentou.

Yudi disse que uma das dúvidas mais comuns dos participantes das palestras é se depois de morrerem, os animais vão continuar acompanhando seus donos e se os espíritos deles retornam à terra.

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“É claro que podem voltar. Chico teve um mesmo cão que reencarnou cinco vezes. Então, se você tiver uma afinidade com o animal, é claro que ele volta. Se você morrer, o bicho também te acompanha. Deus não permite que as verdadeiras amizades se separem”, explica.

Energia aos animais

Em Uberaba, há o passe em animais de segunda a sábado, das 9h30 às 10h30, na Livraria Universo Espírita, que fica na Rua João Pinheiro, 313, Centro.

No Centro de Estudos da Espiritualidade, Valorização e Assistência Humana (Ceevah), no Bairro Mercês, é feito o passe com atendimento homeopático não só a animais, mas em plantas, em todo o primeiro sábado do mês, a partir das 8h.

De acordo com ofitoterapeuta e homeopata do Ceevah, Valdo Fausto, assim que as pessoas levam os bichos e plantas no Centro, elas também recebem o passe automaticamente.

“No ano passado, tivemos a experiência de dar o passe em um cachorrinho que estava sofrendo durante muito tempo. Dei o passe e passei o medicamento pela manhã e quando foi por volta das 18h, o cachorro desencarnou. Ficou claro para nós que ele estava precisando apenas de uma força para desencarnar, já que a família não estava deixando ele partir. A mesma coisa acontece com o ser humano, que tem uma mente muito complexa e é capaz de ter coisas não percebidas”, relembrou.

Sandra Afonso tinha um cachorro da raça pastor alemão, chamado Titã que, aos 16 anos, não andava em virtude de uma artrose na perna. Ela resolveu levá-lo para o tratamento no Ceevah e a cada 15 dias recebia remédios homeopáticos e passe.

“Durante o tratamento, ele voltou a andar e pular com as patas de trás, as quais ele não tinha mais força para levantar. Então o tratamento no Centro Espírita associada à homeopatia e o Reiki devolveu ao meu cachorro a dignidade, porque ele voltou a andar”, lembrou.

Depois deste processo, o animal desenvolveu um câncer desenvolveu e segundo Sandra, a doença foi eliminada com o mesmo tratamento.

“Ele expeliu o tumor. Só que, infelizmente, com a ferida aberta, uma mosca varejeira botou ovos e piorou a situação. O levei ao veterinário e ele tomou muito remédios que atacaram o coração. E ele morreu depois de uma semana”, disse Sandra.

Porém, mesmo com a morte de Titã, em novembro de 2017, Sandra diz que esta experiência com o passe e a homeopatia no Ceevah foi gratificante.

“Talvez não era mais momento de ele estar com a gente. No mesmo dia que morreu, ele tinha descido as escadas, bebeu água, olhou para mim, subiu de novo e deu o último suspiro. Foi uma experiência de luz. A gente devolveu a dignidade ao meu pastor alemão porque ele andou e se movimentou, brincou de novo antes de morrer. Sou muito grata aos mentores do Centro Espírita por isso”, contou.

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Há cerca de três anos, Juliana Rocha Melo convive em São Paulo (SP) com duas gatas que resolveu adotar. Mestre em Reiki, Juliana resolveu aplicar o método também nos dois bichinhos.

“Nunca as levei para receber passe, mas aplico Reik nelas. E já percebi que quando vou aplicar em outras pessoas, como os meus pais, por exemplo, as gatas vão e deitam ao lado deles. Eu acredito que elas sentem a energia das pessoas e têm espiritualidade. Quando estou em casa, elas estão sempre ao meu lado e sentem quando estou alegre, triste ou agitada”, comentou.

Evolução

Para o veterinário Yudi, a relação entre o animal e o ser humano tem se tornado cada vez mais íntima e os pets fazem cada vez mais parte de uma família, como irmãos ou filhos.

“Quando os animais ficam doentes, seus tutores não querem mais que façam eutanásias neles, mas buscam alternativas para tratar os animais de forma certa”, disse.

Sobre a evolução dos animais, o professor explica que no livro “Evolução em Dois Mundos”, ditado por André Luiz e psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, pergunta-se quais são os animais mais inteligentes. Na lista estão o cão, macaco, gato, elefante, burro e cavalo.

Por isso, para Yudi, é possível que animais vejam espíritos e o próprio Chico Xavier já afirmou que são mediúnicos.

“Alguns animais, de várias espécies, têm a capacidade sensorial melhor se comparada à mediunidade dos seres humanos. Já foi provado em pesquisas que cães, gatos e cavalos têm uma sensibilidade extrassensorial acima de outros animais, ou seja, eles têm a capacidade de ver coisas que o humano não vê. Têm coisas que a Biologia não consegue explicar, como a migração de animais. Aí vem a pergunta: será que os animais que estão do outro lado da vida ajudam os que estão na Terra?”, observa o veterinário.

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