VISÃO ESPÍRITA
Ivete Sangalo e suas filhas… qual a visão espírita sobre gêmeos?
MENSAGEM ESPÍRITA | Fernando Rossit
Neste sábado, 10 de fevereiro, a cantora Ivete Sangalo deu a luz as gêmeas Helena e Marina, saiba como a doutrina espírita interpreta a nascimento de gêmeos.
“São Espíritos simpáticos que se aproximam por analogia (pontos de semelhança) de sentimentos e se sentem felizes por estar juntos.”
Os pesquisadores indicam duas principais causas para o nascimento de gêmeos: a influência do ambiente e a hereditariedade.
Mas existem causas espirituais?
Sim, claro.
De um lado temos os pais que, tendo essa oportunidade abençoada, poderão desenvolver o amor filial, aprender dividir uma casa, uma mesa, seus sonhos, seus planos de vida com aqueles que a vida está a presenteá-los.
E a diferença para os pais entre receber um ou mais filhos de uma vez? Pouca coisa conta, a não ser o trabalho redobrado de cuidar de mais de uma criança (ufa!).
No entanto, quando existe programação para dois Espíritos reencarnarem num mesmo lar, e havendo o risco de impedimento futuro de nascer um de cada vez, pode ser que a espiritualidade apresse a vinda de dois deles ou mais juntos.
Quer exemplos?
Fertilização artificial. Quem garante que a inseminação poderá ter bom resultado duas vezes espaçadamente? Ora, se existe a possibilidade de engravidar-se de duas crianças ou mais agora, melhor aproveitar essa oportunidade, assim todos os Espíritos são contemplados com a reencarnação ao mesmo tempo.
Nessa hora a espiritualidade age de modo a apressar o nascimento de dois ou mais Espíritos, considerando a incerteza de uma segunda gravidez.
Um outro exemplo é o caso muito interessante da jornalista Flávia Cintra (do Fantástico), que inspirou a personagem Luciana da novela “Viver a Vida”.
Paraplégica aos dezoito anos por acidente automobilístico, Flávia Cintra não tinha esperança de engravidar. Mas para sua surpresa, nasceram duas crianças lindas e saudáveis. Uma única tacada da espiritualidade: ou enviamos os dois agora, ou fica mais difícil (ou impossível) enviar o outro depois, haja vista as débeis condições físicas da mãe cadeirante.
Vínculos Espirituais entre os gêmeos:
Com relação aos vínculos espirituais entre as crianças, é certo que existem. Mas pode ser de afinidade ou de repulsão.
É certo que somos invariável e incontrolavelmente atraídos para junto dos Espíritos amigos. Mas também a vida cuida de unir os inimigos.
Um traz alegria e prazer na convivência, outro repulsa, discordância, atritos de toda ordem. Nesse último caso, a vida nos proporciona importante oportunidade de reconciliação com nossos adversários do passado através dos laços consanguíneos.
Os gêmeos, portanto, podem ser Espíritos afins que tiveram anteriores relacionamentos e se afeiçoaram. Mas não quer dizer com isso que sejam almas gêmeas, conforme o significado popular que conhecemos.
Almas gêmeas não existem. O que existe é simpatia entre Espíritos, caracterizada pela simpatia que nutram um pelo outro, mais nada.
Vejamos a questão 211 de “O Livro dos Espíritos” (1):
De onde deriva a semelhança de caráter que muitas vezes (não é regra geral) existe entre dois irmãos, geralmente gêmeos?
“São Espíritos simpáticos que se aproximam por analogia (pontos de semelhança) de sentimentos e se sentem felizes por estar juntos.”
Observação: A pergunta fala sobre semelhança física e semelhança do caráter. Então, quando os gêmeos se dão bem é porque são espíritos simpáticos, e é lógico que se sentirão felizes por conviverem com quem se afinizam.
“Em muitos casos, os irmãos gêmeos são Espíritos simpáticos, que se unem por analogia de sentimentos, porém, nem todos são assim. Pode acontecer o contrário: serem Espíritos inimigos que a justiça divina faz se reencontrarem na formação biológica, no sentido de que se processe o perdão com mais eficiência. (2)”
“Os gêmeos, por vezes, têm semelhança de caráter, sendo que não devemos generalizar esse fato, porque em outros casos são completamente diferentes, em matéria de conduta e mesmo em semelhança física. São Espíritos, e cada um é, pois, um mundo à parte, com os seus pendores e atividades em busca da luz. (2)”