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Espiritismo: mesas girantes e alta antiguidade
O que o codificador do Espiritismo cita sobre o fenômeno das mesas girantes, a origem na alta antiguidade, e os movimentos provocados pela própria natureza?
Espiritismo: mesas girantes e alta antiguidade
Na introdução de ‘O Livro dos Espíritos‘, Allan Kardec observa que a movimentação de objetos ‘parece ter sido notado primeiramente na América’. Mas que ‘a História prova que ele [o fenômeno] remonta à mais alta antiguidade’.
Ocorrendo ‘rodeado de circunstâncias estranhas, tais como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma causa ostensiva’. Assim, se propaga ‘rapidamente pela Europa e pelas outras partes do mundo’. E completa que, diante da ‘multiplicidade’ das ocorrências, a incredulidade acabou desaparecendo.
Causas físicas
Allan Kardec pondera que, ‘se tal fenômeno se houvesse limitado ao movimento de objetos materiais, poderia explicar-se por uma causa puramente física’. Pois ‘estamos longe de conhecer todos os agentes ocultos da natureza’. Ele chega a citar a eletricidade, ‘modificada por certas circunstâncias, ou outro agente desconhecido, fosse a causa dos movimentos observados’.
Mas ressalta que nem sempre o movimento é circular, algo comum da natureza. ‘Muitas vezes era brusco e desordenado, sendo o objeto violentamente sacudido’. Além de ser ‘levado numa direção qualquer e, contrariamente a todas as leis da estática, levantando e mantido em suspensão’.
Evolução
Mas os fenômenos não ficaram ‘no domínio das ciências físicas’. Em outras palavras, ‘a impulsão dada aos objetos não era apenas o resultado de uma força mecânica cega’. Ou seja, ‘havia nesse movimento a intervenção de uma causa inteligente’.
Em conclusão: ‘uma vez aberto, esse caminho conduziu a um campo totalmente novo de observações’. Algo a mais, não palpável, estava provocando aqueles movimentos, a olhos nus – de muitos incrédulos – para que o conhecimento espiritual fosse capaz de ser reunido, divulgado e popularizado.