Sobre duendes serem espíritos levianos, segundo Allan Kardec

Os duendes, de acordo com a literatura de Allan Kardec, poderia ser considerados espíritos levianos? Quais as características desses irmãos desencarnados na visão do Espiritismo?

Sobre duendes serem espíritos levianos, segundo Allan Kardec

Kardec, na Revista Espírita, edição de fevereiro de 1858, afirma que os espíritos considerados levianos ‘são ignorantes, travessos, irrefletidos e zombeteiros’. Em seguida, ressalta que ‘metem-se em tudo, a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de aborrecer, de induzir maliciosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas’.

Ele cita, pertencentes à essa classe, ‘espíritos vulgarmente tratados de duendes, trasgos, gnomos e diabretes’. São ‘empregados’ por espíritos superiores, ‘como fazemos com nossos servidores’.

Onde vivem

Mas onde vivem? ‘Mais que outros, parecem ligados à matéria e ser os principais agentes das vicissitudes dos elementos do globo, quer vivam no ar, na água, no fogo, nos corpos sólidos ou nas entranhas da Terra’. Geralmente se manifestam ‘por efeitos sensíveis, tais como pancadas, movimento e deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, o que lhes vale o nome de espíritos batedores ou perturbadores’.

Embora ‘todos os espíritos podem produzir esses fenômenos’, os considerados elevados ‘em geral deixam essas atribuições aos inferiores, mais aptos às coisas materiais que às inteligentes’.

Linguagem

Mais uma vez, a maneira de se comunicar talvez seja o principal indicativo da classe de espíritos que pertencem. ‘Em suas comunicações com os homens, a linguagem de que se servem é, por vezes, espirituosa e faceta, mas quase sempre sem profundidade’.

Dessa forma, acabam explorando ‘as falhas e o lado ridículo dos homens e das coisas, comentando-os em traços mordazes e satíricos. Se tomam nomes supostos, é mais por malícia que por maldade’. Em contraponto, os espíritos considerados impuros, que se inclinam a realmente praticar o mal.