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Espiritismo: simpatia e repulsão por pessoas
O que o Espiritismo tem a nos dizer sobre repulsão e simpatia que nutrimos sobre determinadas pessoas? Como surge a antipatia entre dois seres, que podem inclusive não se conhecerem pessoalmente?
Espiritismo: simpatia e repulsão por pessoas
Allan Kardec, em ‘O Livro dos Espíritos‘, questiona acerca da origem da ‘repulsão instintiva que se experimenta por algumas pessoas’. É assim respondido: ‘são espíritos antipáticos que se adivinham e reconhecem, sem se falarem’. E completa: ‘entre os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis’.
‘De não se simpatizarem um com o outro, não se segue que dois espíritos sejam necessariamente maus. A antipatia, entre eles, pode derivar da diversidade no modo de pensar. À proporção, porém, que se forem elevando, essa divergência irá desaparecendo e a antipatia deixará de existir’.
Julgamento
Kardec exemplifica que, embora distintas sejam as causas para a antipatia, um espírito mau pode nutrir esse sentimento ‘com quem quer que o possa julgar e desmascarar’. Ao perceber isso, se afasta da pessoa, aflorando inveja, ódio e o próprio desejo de seguir praticando o mal.
‘O bom espírito sente repulsão pelo mau, por saber que este não compreenderá e porque díspares dos deles são os seus sentimentos. Entretanto, consciente da sua superioridade, não alimenta ódio, nem inveja contra o outro. Limita-se a evitá-lo e a lastimá-lo’.
Sintonia
Em conclusão: estaremos em companhia, material ou imaterial, de quem possuímos afinidade. Embora teremos que conviver com energias diversas, afinal enfrentamos as mais diferentes situações ao longo da experiência terrena, sem perder o contato com o plano espiritual.
Por isso, independente da situação, estarmos com a sintonia elevada nos blinda diante das situações difíceis. Tudo depende da maneira que lidamos com as questões que nos aflige e não a questão em si, que pode ser dolorosa para nossa caminhada, mas estará com sua inegável carga de aprendizado.