ARTIGOS
A surpresa da Espiritualidade a quem tentou incriminar Chico Xavier
Quando do processo que lhe movia a família de Humberto de Campos estava no auge dos debates, ele sofreu todas as tentativas e pressões imagináveis, de inimigos da doutrina, que passaram a vigiar o seu comportamento, a fim de apanhá-lo em flagrante na menor infração possível, quer no que dizia respeito à sua mediunidade, quer em sua vida particular.
Suas palavras eram analisadas cautelosamente. A Doutrina, sua mediunidade e sua pretensa prisão, estavam em jogo. O clero também o pressionava. Nunca se viu tanto “agente da CIA” em Pedro Leopoldo, que foi transformada num “Mini-Watergate”.
Uma tarde, estando em sua humilde residência, bateu-lhe a porta um senhor idoso, pedindo uma receita para um parente que estava muito mal. Este senhor lhe implorava a caridade de atendê-lo. Era uma pessoa desconhecida na cidade. Atendendo-o, anotou seu nome, idade e a residência do enfermo, dizendo ao idoso senhor para aguardar uns minutos, que ia ver o que poderia fazer. Indo para o seu quarto e concentrando-se, eis que surge Emmanuel e lhe diz:
-“Cuidado Chico com os pedidos de receitas e as aparências dos que lhe batem à porta. Escreva: este doente não precisa mais de remédios, mas de preces, pois já é um desencarnado…”
Um tanto confuso, procura o portador e entrega-lhe a receita. O idoso senhor, tão logo a recebeu, avidamente abriu e leu. Para maior espanto de Chico, saiu correndo, apavorado, ao encontro de outros amigos que o aguardavam, ansiosos, na esquina mais próxima. Estes, ao lerem a mensagem, fizeram o mesmo.
Eram pessoas que haviam preparado uma armadilha para incriminá-lo de exercer ilegalmente a medicina. Pretendia anexar a receita no rumoroso processo de Humberto de Campos.
Nem sempre os incrédulos são beneficiados com tamanha prova. É, às vezes, uma forma de beneficiar, deixá-los em dúvida. No entanto, estes receberam seu quinhão de oportunidade para crer e, temos certeza absoluta que não esquecerão o fato. Afinal, “foram buscar lã e saíram tosquiados…”
Do livro “Nosso Amigo Chico Xavier – 50 Anos de Mediunidade”, de Luciano Napoleão da Costa e Silva.