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ARTIGOS

Como procurar a nossa felicidade, de acordo com Chico Xavier

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A procura da nossa felicidade, por Chico Xavier

A procura da felicidade assemelha-se, no fundo, a uma caçada difícil.

Taxando-a por dom facilmente apresável, há quem a procure entre os mitos do ouro, enferrujando as mais belas faculdades da alma, na fossa da usura; quem a dispute no prazer dos sentidos, acordando no catre da enfermidade; quem lhe suponha a presença na exaltação do poder terrestre, acolhendo-se à dor de extrema desilusão, e quem a busque na retenção do supérfluo, apodrecendo de tédio, em câmaras de preguiça.

Não há felicidade, contudo, sem dever corretamente cumprido.

Observa, pois, o dever de que a vida te incumbe.

Vê-lo-ás, hora a hora, no quadro das circunstâncias.

– Na fé que te pede serviço.

– No serviço que te roga compreensão.

– No ideal que te pede caráter.

– No caráter que te roga firmeza.

– No exemplo que te pede disciplina.

– Na disciplina que te roga humildade.

– No lar que te pede renúncia.

– Na renúncia que te roga perseverança.

– No caminho que te pede cooperação.

– Na cooperação que te roga discernimento.

Por mais agressivos se façam os empeços da marcha, não te desvies da obrigação que te recomenda o bem de todos, sempre que puderes e quanto puderes, seja onde for.

Porque te mostres leal a ti mesmo, é possível que a maioria te categorize à conta de ingrato e rebelde, fanático e louco.

A maioria, no entanto, nem sempre abraça o direito. Não podemos esquecer que, no instante supremo da humanidade, ela, a maioria, estava com Barrabás e contra o Cristo.

Cumpre, assim, teu dever, e, tomando da Terra somente o necessário à própria manutenção, de modo a que te não apropries da felicidade dos outros, estarás atingindo a verdadeira felicidade, que fulge sempre, como bênção de Deus, na consciência tranquila.

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Religião dos Espíritos. Lição nº 51. Página 129.

Estudos e Dissertações em torno da Substância Religiosa de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.

Reunião pública de 13/07/1959. Questão nº 922.

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