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O que é a comunicação chamada de sematologia espírita
Além das comunicações mais comuns, uma em especial chama a atenção de quem estuda o Espiritismo neste início de milênio. A chamada sematologia espírita.
O que é a comunicação chamada de sematologia espírita
Na Revista Espírita, edição de janeiro de 1858, Allan Kardec explica que se trata de ‘expressão que dá uma perfeita ideia e compreende todas as variedades de comunicações por meio de sinais, movimentos dos corpos ou pancadas’.
Ou seja, ‘os golpes também podem ser ouvidos sem nenhum movimento aparente e sem causa ostensiva, quer na superfície, quer nos próprios tecidos dos corpos inertes, e uma parede, numa pedra, em um móvel ou em outro objeto qualquer’.
Mesas falantes
Um dos fenômenos que despertou a curiosidade da sociedade europeia à época da codificação do Espiritismo foi a movimentação de mesas. ‘De todos esses objetos, por serem os mais cômodos, pela mobilidade e facilidade com que nos colocamos à sua volta, as mesas são os mais frequentemente utilizados’.
‘Daí a designação do fenômeno em geral pelas expressões bastante triviais de mesas falantes e de dança de mesas, expressões que convém banir’. Ainda de acordo com Kardec, ‘porque se prestam ao ridículo, depois porque podem induzir em erro, fazendo crer, neste particular, que elas tenham uma influência especial’.
Outros modos de escrita
Mas quais são os modos mais comuns de comunicação? Principalmente a escrita, através da psicografia, fundamental para a difusão do conhecimento espírita para milhares de pessoas, antes mesmo da internet. As obras através da mediunidade de Chico Xavier são base sólida, de continuidade aos livros básicos de Kardec, publicados ainda no final do século XIX.
Também há de se destacar comunicações que ocorrem ‘sem intermédio direto’. Ou seja, ‘os caracteres, neste caso, são traçados espontaneamente por um poder extra-humano, visível e invisível’. Por isso, para distinguir da piscografia, Kardec nomeia essa comunicação como espiritografia.