JOANNA DE ÂNGELIS | Divaldo Franco
A incerteza, quanto ao momento da ocorrência da morte, deve constituir para o homem a mais séria advertência a respeito da transitoriedade do corpo físico.
Dentro de cinco minutos, através de uma parada cardíaca; de cinco anos, em um acidente de veículo; ou de cinqüenta anos, por uma enfermidade de longo prazo, dolorosa, ninguém sabe quando acontecerá o desprendimento da alma em relação à matéria.
Uma compleição física, sadia, nem sempre compete com segurança ante uma organização frágil e enfermiça, porquanto a primeira pode interromper-se, enquanto a outra, talvez, permaneça desafiadora.
Um corpo juvenil, atraente e promissor, cede campo para que fique um ser caquético, deficiente físico e mental.
A criança rica de energias deperece, ao tempo que o enfermo desenganado recupera-se…
O Espírito é o que conta, no processo reencarnatório.
Os seus atos pretéritos geram-lhe os mecanismos de prolongamento, ou abreviação da vilegiatura carnal.
Nenhuma exceção, porém, produzindo clima de privilégio, ante a morte.
As doenças visitam ricos e pobres com a mesma indiferença; belos e deformados com igual liberdade; moços e idosos de maneira equivalente; bons e maus com naturalidade…
Decompõem-se os corpos sob condições idênticas, nivelando-se as formas e assumindo os mesmos critérios transformadores.
A mente, refletindo o estado de evolução intelecto-moral, responde pela maneira como cada pessoa enfrenta a vicissitude do desgaste e o fenômeno da morte.
Morrer, portanto, é acontecimento inevitável.
Bem morrer ou morrer bem, depende da conduta de cada indivíduo.
Aqueles que vivem bem, desfrutam dos favores terrestres, nem sempre morrerão felizes.
Quantas pessoas se deixaram desequilibrar pelos insucessos, que lhes cabia vencer, enfrentam a morte em estado de desventura.
Somente quem soube aplicar a patrimônio do tempo com eficiência, bem morre, libertando-se e sendo ditoso.
Pensa na morte, como te preocupas com a vida.
Harmoniza-te ante a sua realidade, permanecendo preparado para a sua ocorrência.
Se forem breves as teus dias terrestres, busca vivê-los com intensidade positiva e se te forem longos as anos, utiliza-os com sabedoria.
Esta incerteza de quando se dará e esta certeza de que a morte virá, são o díptico da vida orgânica, na qual te movimentas.
Faze a luz do discernimento íntimo com o Evangelho de Jesus e, seja em que situação for, permanece em paz e feliz.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Coragem. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.