A Doutrina Espírita nos revela que é raro um médium conseguir passar uma mensagem do plano espiritual de maneira integral. Ou seja, o animismo – o que é do próprio espírito, de nós, intermediários – precisa ser estudado, debatido. Mas de forma alguma criticado como sendo condição que inabilite um trabalhador espírita de doar seu tempo e seu amor.
Visão espírita sobre o animismo e a mediunidade
Em ‘O Livro dos Médiuns‘, Allan Kardec esclarece que o animismo é algo normal. ‘É passivo, quando não mistura suas próprias ideias com as do espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como de um intermediário’.
Em outras palavras, a doação do nosso tempo ao próximo é ferramenta preciosa para a Espiritualidade. Portanto, nos cabe nos conhecer melhor, para que saibamos diferenciar o que é nosso e o que de irmãos que já partiram.
Animismo e conteúdo de luz
Mesmo quando o médium não capta a mensagem de maneira integral, ainda assim, com seu conhecimento da Doutrina, pode passar um conteúdo edificante. Afinal, somos inspirados a todo instante. Não apenas durante uma sessão na casa espírita.
Mas também no lar, auxiliando um familiar em desequilíbrio. Amparando um desconhecido na rua que esteja precisando de ajuda. Portanto, praticar o bem deve ser uma sintonia da nossa própria caminhada.
Humildade
A humildade é fundamental para reconhecermos que até na psicografia mecânica é possível a nossa própria interferência. Mas que mesmo assim, na próxima sessão, é possível termos mais discernimento. E cabe aos participantes compreenderem o conteúdo como útil para o propósito do encontro.
Em conclusão, nunca estamos sozinhos. Assim, que sejamos pacientes, alimentando em nós a certeza do intercâmbio constante com os espíritos de luz. E que também estamos doando um pouco de luz aos irmãos com baixa vibração que precisa o contato com a matéria e ‘desabafarem’, passar um pouco do que sente para, assim, conseguir seguir sua caminhada.