De acordo com a visão espírita, quais as diferenças entre letargia, catalepsia e morte aparente? A última seria resultado, de acordo com as obras básicas do Espiritismo, dos primeiros estados citados? Teriam o mesmo princípio?
Visão espírita de letargia, catalepsia e mortes aparentes
Com base em estudo de ‘O Livro dos Espíritos‘ (1857), de Allan Kardec, a Federação Espírita Brasileira (FEB), observa que a ‘letargia e catalepsia têm o mesmo princípio, que é a perda momentânea da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda não explicada’.
Mas ‘diferem uma da outra pelo fato de que, na letargia, a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte’. No primeiro caso, ‘localizada e pode afetar uma parte mais ou menos extensa do corpo, de modo a deixar a inteligência livre para se manifestar, o que não permite confundi-la com a morte’.
Natural
Mas e no caso da letargia? ‘É sempre natural [tem origem em causa fisiológica ou intoxicação química]. A catalepsia, em certas ocasiões, é espontânea, mas pode ser provocada e desfeita artificialmente pela ação magnética [passe]’. De acordo com dicionário Priberam, trata-se de ‘doença letárgica caracterizada pela imobilidade do corpo e pela rigidez dos músculos’.
Ainda de acordo com a FEB, ‘considerando-se que em ambas condições há paralisia, total ou parcial, a pessoa apresenta quadro alcunhado de ‘morte aparente”.
Controle muscular
Nos dois casos a pessoa perde, momentaneamente, o controle muscular. Enquanto a letargia provoca o ‘amolecimento’ dos músculos, na catalepsia o enrijecimento.
De acordo com artigo de Adilson Motta de Santana, no Correio Espírita, em certos casos de letargia ‘os batimentos cardíacos e a respiração se tornam insensíveis e se pode confundir o letárgico com um morto. Como exemplo, o Evangelho, Jesus chamou Lázaro de volta à vida. Tratava-se, na verdade, de um caso de morte aparente’.