Afinal, seria possível o sofrimento ser realmente eterno? Qual a visão kardecista sobre a caminhada do espírito, enquanto encarnado, e, em seguida, no plano imaterial?
Sobre o sofrimento do espírito poder ser eterno
Em ‘O Livro dos Espíritos‘, Allan Kardec destaca resposta de São Luís na pergunta 1.006, acerca de um possível sofrimento para o espírito que duraria eternamente. ‘Poderiam, se ele pudesse ser eternamente mau, isto é, se jamais se arrependesse e melhorasse, sofreria eternamente’.
‘Deus, porém, não criou seres tendo por destino permanecerem voltados perpetuamente ao mal. Apenas os criou a todos simples e ignorantes, tendo todos, no entanto, que progredir em tempo mais ou menos longo, conforme decorrer da vontade de cada um’.
Roteiro
De acordo com Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Franco, ‘se conheces a reencarnação, sabes que todo efeito provém de causa equivalente e que, portanto, todas as ocorrências fazem parte do roteiro iluminativo de todos os seres’.
Portanto, ‘agradece a Deus a oportunidade que te é oferecida para a recuperação moral e espiritual’. Assim, ‘cultivando o sentimento de paz, que tem função terapêutica no teu calvário, menos aflingente, às vezes, do que o daquele a quem recorres buscando auxílio’.
Mensageiro
Joanna de Angêlis alerta que ‘o Espiritismo não é o mensageiro da eliminação do sofrimento’. Ou seja, consola antes, oferecendo recursos para superar os conflitos, além de provações e amarguras.
Mas nunca devemos nos esquecer que ninguém irá trilhar nosso caminho. Depende unicamente de nós mesmos as decisões, a direção e a forma que iremos trilhar as circunstâncias da vida. Portanto, a Espiritualidade nos fornece força e informações. Parafraseando Chico Xavier, o que fazemos com esse pacote de ‘conhecimento’, corre por nossa conta.
Caso contrário, seria o professor fazendo a prova para o aluno. E mentor nenhum tem autorização de assumir responsabilidades das nossas atitudes. Faz parte do livre-arbítrio.