Quando Chico Xavier foi atacado por um cachorro obsessor

Ao voltar, certa vez, do centro para sua casa nos fundos da casa de Luiza, levou um tremendo susto:

Um cachorrão, ao que parece um Doberman preto, pulou-lhe no peito e, com as patas em cima dele, assim permaneceu.

Assustado, pensou que a morte acabara de chegar. Gelado e sem cor, imóvel e sem ter a quem recorrer, já que eram 3 horas da madrugada, só teve um pensamento: dialogar com o cachorrão.

“Irmão, se você estiver com fome, tenho carne na geladeira de minha irmã. Vamos para casa, não me machuque porque eu tenho, ainda, uma missão a cumprir.”

Como que ouvindo os seus apelos, o cachorrão tirou-lhe as patas do peito, e seguiu-o, arrastando uma corrente grossa que pendia da coleira.

Chegando à casa da irmã, foi direto à geladeira, mas, ao ouvir aquele barulho na copa, aquele arrastar de corrente, Luiza de seu quarto perguntou alto:

– Chico, é você? Que barulho é este de corrente arrastando por ai?

Ele tranquilamente respondeu:

– Luiza, não se preocupe. É um obsessor que me acompanhou e está acorrentado. Fique calma, estou a doutriná-lo.

Após dar 2 quilos de carne, disse ao cão:

– Agora vá embora irmão, preciso dormir. Deixe-me em paz! Obediente, o cachorro saiu porta a fora, e ele num desabafo exclamou:

– Vá com Deus querido irmão, você me deu tantos anos de vida…!

No cardápio do almoço do dia seguinte, foi abolida aquela bela e suculenta posta de carne, que servira para “doutrinar” o temível obsessor.

Extratos do livro: Nosso Amigo Chico Xavier – 50 Anos de Mediunidade.

Autor: Luciano Napoleão da Costa e Silva

Daniel Polcaro: