RÁDIO BOA NOVA | Juliana Chagas
O número de pessoas que apresentam alterações de memória recente e déficit de atenção (primeira fase da doença Alzheimer) está crescendo cada vez mais.
A doença é a forma mais comum de demência, é incurável, neurodegenerativa e se agrava ao longo do tempo.
Conforme o portal de conteúdo sobre Alzheimer na Web Mundial estima-se no Brasil 1 milhão e 200 mil pessoas com a doença e o número de pacientes é estimado em 35,6 milhões no mundo.
Os hábitos atuais de vida, o estresse, as alterações no sono, medicamentos e outros tipos de estimulantes levam ao aumento deste percentual, inclusive entre os jovens.
Podemos destacar algumas características mais comuns das pessoas com Alzheimer: perda da memória recente, muito focadas em si mesmas, gostam de viver isoladas, extremamente conservadoras, teimosas, desconfiadas, etc.
Visão da Doutrina Espírita
Quando relacionamos com a espiritualidade notamos que no desenvolvimento da doença os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles se comunicam com pessoas que não enxergamos nem sentimos, chegando até mesmo a transmitirem mensagens de desencarnados.
Refletindo sobre os aspectos gerais chegamos a seguinte conclusão: o Alzheimer é uma grande oportunidade para a família do doente e não para o doente em si.
Por quê? Os familiares ou cuidadores possuem com esta realidade a chance de desenvolver suas qualidades espirituais. Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, capacidade de decidir por si e pelo outro, amor… São virtudes adquiridas ao se dedicarem a “estas crianças” como se tornam os portadores desta enfermidade.
Visão de quem lidou com o Alzheimer
Moacir Tamburu é publicitário e designer gráfico na FEAL – Fundação Espírita André Luiz e conviveu com a doença dentro de casa. Seu pai começou a ter sintomas de Alzheimer aos 78 anos e ele dá a sua opinião a respeito do que adquiriu com este fato:
“O meu maior aprendizado foi exercitar o amor e a paciência em relação ao meu pai, pois não é fácil ter que tratar de alguém que você ama em condições tão delicadas. Vê-lo perdendo a consciência de sua própria existência, da debilidade do corpo, causa muita dor.
A melhor maneira de aceitar é ter a consciência de tentar se colocar no lugar do outro, ter gratidão por tudo que a pessoa fez por você quando estava saudável, pois apesar de pensar que eu tenha feito muito por meu pai, não é nem um terço do que ele fez por mim”.
O Espiritismo também colabora muito para o tratamento das doenças, conforme elucida Emmanuel no livro Leis do Amor, psicografado pelo médium Chico Xavier e Waldo Vieira: “A Doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante. Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas”.