Os anjos e demônios na visão espírita

TV MUNDO MAIOR | Ricardo Guelfi de Souza

Anjos e demônios, presentes nos mais diversos escritos religiosos antigos, são personificações que vão das criaturas mais belas e angelicais com asas brancas às criaturas vis e temidas das profundezas.

O antagonismo do bem e mal sugere um fator de controle social nos tempos de lideranças religiosas. A ânsia pela passagem garantida no céu ou o desespero de não arder no inferno fizeram dos personagens Anjo e Demônio, figuras de comparação em nossas atitudes.

Com os ensinamentos espíritas, percebemos relações diferentes entre essa antítese ilusória de punição ou beneméritos por parte de Deus. Sua benevolência nos presenteia com misericórdia ao nos conceder liberdades de escolhas, assim como formas de saldar os débitos, isso é claro, sob a Lei de Causa e Efeito.

É certo que Deus criou todas as criaturas simples e ignorantes, ou seja, nenhum ser é criado ao extremo da polarização, sendo exclusivamente bom ou mau. Portanto, anjos são pertencentes a escala espírita pura e perfeita, tendo seu significado como sinônimo de espírito ou gênio.

Os anjos, passaram pelos vários degraus da escala evolutiva, nas mais diversas moradas da casa (planetas) de Deus, chegando a perfeição, uns mais rápido outros com mais provas, mas sempre obedecendo as leis divinas em cumprimento às missões assumidas.

Os chamados demônios, são espíritos imperfeitos que não aceitam estar sob provas e expiações como aprendizado para evolução.

Diz Allan Kardec, que a palavra demônio não implica na idéia de Espírito mau, a não ser na sua acepção moderna, porque o termo grego “dáimon” de que ela derivou, significa gênio, inteligência, e se aplicou aos seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção.

As alegorias criadas pelos encarnados para representar o bem e o mal recebem traços e características semelhantes aos humanos, ou seja, são parte da necessidade de representação corpórea do imaterial, até então distante do aprendizado destes indivíduos ou sob interesses escusos.

Estamos caminhando e progredindo, cada um ao seu tempo, dentro da nossa escala evolutiva. Somos, assim como estes personagens, espíritos em progresso e, em algum momento chegaremos ao patamar de espíritos perfeitos.

Aprenda a não julgar, auxiliando aqueles que precisam de ajuda, pois se em algum momento em nossa existência agimos como “demônios”, vamos agir como “anjos” em prol do nosso próximo, com a bondade e amor.

Para saber mais sobre o assunto, assista:

Presença Espírita na Bíblia – Anjos e demônios

Parte 1

Parte 2

Daniel Polcaro: