Afinal, qual o poder real de um médium provocar um fenômeno espírita no momento que ele deseja? O que o Espiritismo tem a nos dizer sobre a mediunidade se tornar uma espécie de profissão?
O real poder de um médium, de acordo com o Espiritismo
Em ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo‘, Allan Kardec afirma ‘não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante’. Em outras palavras, ninguém é dono da mediunidade: ‘é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente’.
Ou seja, com um objetivo elevado, a exemplo de um trabalho de desobsessão na casa espírita ou em uma sessão de psicografia. Caso o uso seja para ganhar algo em troca, os espíritos elevados se afastam, podendo facilmente piorar a situação de uma pessoa que está em busca de ajuda.
Algo inconstante
‘A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se impõe’.
Pois ‘se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade (…) ninguém pode contar’. Afinal, ‘não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão’.
Os espíritos
Em conclusão: não há mediunidade ‘sem o concurso dos espíritos’. Mas espíritos inferiores podem usar a capacidade do médium? Sim, entretanto quem se conecta com a faixa vibracional negativa, senão a trabalho de orientação e doutrinação, estará se contaminando com mais energia densa.
Assim, tentando se elevar ‘cortando caminho’. Logo, diante de conquistas passageiras e não sólidas, resultado de promessas de irmãos desencarnados em desequilíbrio, retornamos para o final da fila. Pois é preciso que trilhamos com nossos próprios pés a caminhada intransferível, de cura e superação do nosso espírito milenar.