De acordo com o Espiritismo, o que seriam as manifestações espirituais consideradas inteligentes? Quais as características dessa comunicação e como o médium pode indentificá-la?
O que são as manifestações espirituais inteligentes
Na edição de janeiro de 1858, da Revista Espírita, Allan Kardec destaca sobre ‘um poder estranho’ se tornar patente sobretudo no caso das comunicações inteligentes. ‘Quando essas comunicações são espontâneas e estão fora do nosso pensamento e controle’. Ou seja, a maneira mais clara de que se trata de uma comunicação mediúnica e não animismo.
Outro exemplo: ‘quando respondem a perguntas cuja solução é ignorada pelos assistentes’. Assim, ‘faz-se necessário procurar sua causa fora de nós’. Portanto, se tornando evidente ‘para quem quer que observe os fatos com atenção e perseverança’. Em outras palavras, ‘os matizes de detalhes escapam ao observador superficial’.
Formas
As três principais formas de comunicação inteligente são através dos sinais, escrita e a palavra. Portanto, desde as batidas (prática em desuso), passando pela psicografia até a psicofonia, os irmãos desencarnados podem passar suas mensagens. Sejam elas de cunho pessoal, de desabafo, de pedido de socorro, aviso a familiares, até de cunho elucidativo, de conhecimento para toda a humanidade.
Ou seja, cada uma vai cumprir sua missão. Desde aliviar o coração do irmão que está compreendendo sua nova condição, passando pelo consolo a uma mãe que o filho partiu, até psicografias que se tornam livros, solidificando a conhecimento espiritual.
Transmissão
Kardec, em ‘O Livro dos Médiuns‘ (1861), detalhe acerca de como ocorre o contato com o médium. ‘Como é preciso um fio elétrico para comunicar à grande distância uma notícia e, na extremidade do fio, uma pessoa inteligente que a receba e transmita’.
Por isso, a necessidade do autoconhecimento, que vai além do simples estudo da mediunidade. Pois o animismo (manifestação particular, interior, do próprio espírito), apesar de comum, não pode ser uma constante. Além disso, a vigilância para que não sermos alvos de irmãos zombeteiros, que tentam tumultuar o trabalho, diferente de irmãos em desequilíbrio que precisam do choque com a matéria e muitas vezes não conseguem sequer se comunicar.