O Espiritismo obriga que o médium exercer a mediunidade? O que as obras básicas de Allan Kardec respondem sobre esse tema? Muitos médiuns possuem a faculdade latente, mas não se sentem preparados. Isso seria um prova ou negação a um compromisso assumido antes de reencarnar? Todo médium acaba renunciando uma parte da vida?
A mediunidade possui três finalidades segundo o Espiritismo
‘De acordo com o Evangelho Segundo o Espiritismo, a finalidade e objetivo da mediunidade é para os homens ensinarem o caminho do bem, a instrução e levá-los à fé’, observa Orson Peter Carrara, no programa Conduta, da TV Mundo Maior.
‘Ninguém é obrigado a nada’, completa.
‘No entanto, desprezar essa faculdade bendita de propagar o progresso e aprendizado, além da oportunidade de serviço ao próximo, revela uma certa negligência com a tarefa recebida’, ressalta Peter Carrara.
‘Então é preciso estudar o assunto. Compreender a sua amplitude para não faltarmos a um dever de um compromisso assumido’. Ou seja, um compromisso realizado ainda no plano espiritual antes da reencarnação.
Como lidar com a negação da mediunidade
O primeiro passo é o autoconhecimento. O estudo das obras básicas de Allan Kardec, um tempo mínimo de frequência à Casa Espírita. A internet nos oferece imenso conteúdo sobre a mediunidade, mas sempre que possível precisamos frequentar um grupo de confiança.
O desconhecido nos traz medo, logo isso provoca a sensação de despreparo. Grandes médiuns, pilares fundamentais para o Espiritismo no Brasil, também tiveram receio nos primeiros passos, mas deram o primeiro passo.
A missão de Chico Xavier
Chico Xavier dizia que se esperasse estar pronto, nunca teria começado sua missão na Doutrina Espírita, mas não é o caso de nos compararmos com a missão dele. Todavia nos provoca uma reflexão.
Será que o medo e o receio de exercer minha mediunidade é por falta de conhecimento? Por falta de estudo? Ou realmente se trata de uma questão fora totalmente dos passos que desejo da minha vida?
Em algum momento, a necessidade de encontrar essas respostas ficam mais fortes em nós. Dessa forma, a Espiritualidade vai nos encaminhando direcionamentos. Todavia, a nossa vontade interior é fundamental.
A resposta é individual, mas baseada no estudo, na experiência. Às vezes, adiamos algo grandioso em nossa existência pelo medo de dar o primeiro passo.
De alguma forma, estamos todos na busca de respostas. Não é vergonha perguntar, estudar, viver o nosso próprio tempo. É necessário, ou seja, faz parte do momento exato do despertar.
Médiuns como Chico Xavier e Divaldo Franco passaram por momentos difíceis nos primeiros anos de suas missões, mas se encontraram pela vontade interior de doar o amor em seus próprios passos.