Durante a o transe mediúnico não é raro que um processo de animismo ocorra: quando a própria alma ou espírito do médium que se manifesta. Nenhuma outra entidade está presente naquele momento.
A dependência que muitos de nós possui com os espíritos, recorrendo a eles por questões menores, por questões materiais, provoca situações como essas, que pode culminar na mistificação.
Ou seja, a diferença entre animismo e mistificação é que enquanto o no primeiro caso o espírito do médium está se manifestando, no segundo caso deliberadamente está se simulando uma comunicação mediúnica.
Em alguns casos, durante a mistificação são usados nomes de importantes entidades que marcam a história da Doutrina Espírita. ‘Podem até se utilizar de belas palavras, porém sempre passando de forma sutil ideias contrárias ao bem e a verdade’, observa Valdir Pedrosa (Evangelho e Ação FEIG – Abril de 2014).
Animismo é natural, mas requer disciplina
O médium disciplinado, estudioso das obras básicas de Allan Kardec, consegue identificar e barrar o animismo em sessões de acolhimento de irmãos desencarnados necessitados.
Portanto, não é questão de se punir. O animismo é natural, mas os estudos e a disciplina nos afasta dessa tendência.
Ao nos doar na casa espírita para auxiliar coletivamente com nossa mediunidade, dessa forma se ajudando.
Por que Deus permite a mistificação?
‘Deus permite as mistificações para experimentar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que do Espiritismo fazem objeto de divertimento’. (Livro dos Médiuns – Allan Kardec).
Afinal, o conteúdo da mensagem é o mais importante. Existem seres de muita luz que não assinam cartas e nem mensagens.
Isso justamente para não alimentar a vaidade dele e nem do médium.
Estejamos sempre focados na mensagem e trazer o seu conteúdo de maneira prática para a nossa vida terrena.
É um processo necessário para a lapidação do nosso espírito.