A criatura terrestre pode realmente:
– aproveitar-se de leis que não subscreve;
– manobrar vantagens que não conquista;
– cruzar caminhos que não talha;
– habitar a casa que não levanta;
– comer o pão que não produz;
– trajar o fio que não tece;
– ampliar processos de reconforto que não inventa;
– colaborar na execução de programas que não planeja;
– utilizar veículos que não fabrica;
– medicar-se com elementos que desconhece.
Todas essas operações consegue a pessoa humana efetuar, ignorando, muitas vezes, onde o bem, onde o mal, onde a sombra, onde a luz.
Devemos convencer-nos, no entanto, de que, para libertar-se, efetivamente, diante da vida, a criatura terrestre há de raciocinar com a própria cabeça. Ninguém pode viver a toda hora, com discernimento emprestado.
É por isso que somos chamados, na Doutrina Espírita, a estudar instruindo-nos, e, pela mesma razão, advertiu-nos Jesus de que apenas o conhecimento da verdade nos fará livres. Se aspiramos, assim, à conquista da emancipação espiritual para a imortalidade, é forçoso que cada um de nós desenvolva, com esforço próprio, as sementes da verdade que traz consigo.
Pelo Espírito Albino Teixeira.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Caminho Espírita. Lição nº 66 Página 143.