‘Juízo final e julgamento divino’, por Chico Xavier

Não é necessário que a morte abra as portas de tribunais supremos para que o homem seja julgado em definitivo.

A vida faz a análise todos os dias e a luta é o grande movimento seletivo, através do qual observamos diversas sentenças a se evidenciarem nos variados setores da atividade humana.

A moléstia julga os excessos.

A exaustão corrige o abuso.

A dúvida retifica a leviandade.

A aflição reajusta os desvios.

O tédio pune a licença.

O remorso castiga as culpas.

A sombra domina os que fogem à luz.

O isolamento fere o orgulho.

A desilusão golpeia o egoísmo.

As chagas selecionam as células do corpo.

Cada sofrimento humano é aresto do Juízo Divino em função na vida contingente da Terra.

Cada criatura padece determinadas sanções em seu campo de experiência.

Compreendendo a Justiça Imanente do Senhor em todas as circunstâncias e em todas as coisas, atendamos a sementeira do bem aqui e agora, na certeza de que, segundo a palavra do Mestre, cada espírito receberá os bens e os males do patrimônio infinito da vida, de conformidade com as próprias obras.

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Taça de Luz. Lição nº 11. Página 35.

Psicografia em Reunião Pública, em 1951, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.

Daniel Polcaro: