Inveja, ingratidão e egoísmo na visão de Chico Xavier

Herança evidente de nossa antiga animalidade, por toda parte, ainda vemos o egoísmo a repontar em toda extensão do mundo…

O egoísmo!…

Em família, é o exclusivismo do sangue.

No lar, é o narcisismo doméstico.

Na oficina de trabalho, é o despeito.

Na propriedade transitória, é a ambição de posse desnecessária.

Na cultura da inteligência, é a vaidade intelectual.

Na ignorância, é a agressividade.

Na riqueza amoedada, é o espírito de usura.

Na pobreza, é a inveja destrutiva.

Na madureza, é o azedume.

Na mocidade, é a ingratidão.

No ateísmo, é a impiedade.

Na fé religiosa, é a intolerância.

Na alegria, é o excesso.

Na tristeza, é o isolamento.

Nos fortes, é a tirania.

Nos fracos, é a astúcia.

Na afetividade, é o ciúme.

Na dor, é o desespero.

No mimetismo que lhe é próprio, usa em todos os setores as mais diversas máscaras e qual o joio que abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicite, em forma de cólera e irritação, desânimo e secura…

Se desejamos dar combate à praga do egoísmo na gleba da alma, saibamos estender, cada dia, as nossas disposições de mais amplo serviço ao próximo, e, aprendendo a ceder de nós mesmos, entre a humildade e o sacrifício, no bem de todos, conquistaremos com o Cristo a plenitude do amor que lhe converteu a própria cruz em ressurreição para a Vida Eterna.

Pelo Espírito Emmanuel.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Livro: Encontro de Paz. Lição nº 25. Página 99.

Daniel Polcaro: