Luiz Olímpio Guillon Ribeiro, presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB) por 26 anos consecutivos, foi engenheiro civil, poliglota, vernaculista. O também jornalista nasceu em 17 de janeiro de 1875 em São Luís (MA), desencarnando em 26 de outubro de 1943.
Guillon Ribeiro: quem foi o tradutor das obras Allan Kardec
A FEB considera as traduções das obras básicas de Allan Kadec como ‘impecáveis’. Ribeiro participou até da revisão do Projeto do Código Civil, ‘trabalho monumental que resultou na ‘Réplica’. Em outubro de 1903 recebeu agradecimento público do jurista Ruy Barbosa na tribuna do Senado.
‘Devo, entretanto, Se. Presidente, desempenhar-me de um dever de consciência. Registrar e agradecer da tribuna do Senado a colaboração preciosa do Sr. Dr. Guillon Ribeiro, que me acompanhou nesse trabalho com a maior inteligência. Não limitando os seus serviços à parte material comum dos revisores, mas, muitas vezes, suprindo até a desatenções e negligências minhas’.
O Livro dos Espíritos
Entre os livros básicos da Doutrina Espírita traduzidos, ‘O Livro dos Espíritos’, o primeiro da Codificação Espírita, publicado em 18 de abril de 1857. A primeira edição continha 501 perguntas e respostas. Já a segunda edição, 1.019 perguntas e respostas, esclarecendo as mais diferentes dúvidas sobre o mundo espiritual.
Quando a Europa, principalmente a França, vivia a efervescência das ‘mesas girantes’. Manifestações espiritualistas que se confundiam, ao grande público, a mágicas e ilusionismo.
O chamado espiritual
O educador Hippolyte Léon Denizard Rivail, em sua missão conhecido como Allan Kardec, começou o trabalho de codificação. Nascido em Lyon, passou a frequentar sessões espíritas, toda semana, na casa da família Baudin. Acompanhando o trabalho das médiuns e irmão Julie e Carolina, de 14 e 16 anos.
Sem o trabalho de Allan Kardec, certamente não teríamos a clareza do pensamento espírita e nem o seu desdobramento. Ou seja, o trabalho base foi primordial para o crescimento da Doutrina, principalmente em solo brasileiro, com a missão grandiosa de inúmeros médiuns, a exemplo de Bezerra de Menezes e Eurípedes Barsanulfo. Em seguida, a psicografia de Chico Xavier sacramentou a popularização do Espiritismo, atualmente com milhões de seguidores.