De acordo com o Espiritismo, ao longo dos últimos milênios, como ocorreu a evolução da mediunidade? Por que os primeiros habitantes da Terra chamavam de Deus o que fugia à sua compreensão?
Evolução da mediunidade de acordo com o Espiritismo
De acordo com o livro ‘Mediunidade: estudo e prática’, da Federação Espírita Brasileira (FEB), a faculdade é ‘inerente à espécie humana’ e que a ‘história acompanha a própria evolução do espírito’. Por isso, os primeiros habitantes da terra ‘chamavam deus a tudo o que apresentava qualquer característica sobrenatural’.
Em outras palavras, ‘qualquer coisa que lhe escapava ao entendimento. Por exemplo: fenômenos da natureza, além de habilidades que fugiam do conhecimento e compreensão’ de cada época.
Cultos
‘Em consequência, rendiam-lhe cultos e, por não possuir o senso moral e intelectual desenvolvido, os povos primitivos ofereciam aos deuses sacrifícios humanos e de animais, assim como oferendas dos frutos da terra’, explica Allan Kardec em ‘O Livro dos Espíritos’.
A FEB considera esses cultos como ‘práticas anímicas e mágicas’, que envolviam ‘forças espirituais consideradas misteriosas e compreensíveis’. A evolução foi marcada com a extração de elementos do chamado fluido cósmico universal. Assim, aperfeiçoando ‘seus mecanismos de expressão e comunicação’, entre eles a psicografia e psicofonia.
Inteligências superiores
Ainda de acordo com a FEB, a evolução não ocorreu ‘exclusivamente pelo indivíduo’. Ou seja, ‘sempre esteve secundado pelas Inteligências superiores, permitindo que o corpo espiritual (perispírito) se aperfeiçoasse também e, como resultado, produzisse um veículo físico apto a alçar voos mais altos.’
Em conclusão: ‘à medida que o espírito evolui, aprende a refinar as ondas de pensamento, emitindo vibrações que atraem o pensamento e as ideias de espíritos semelhantes, encarnados e desencarnados, por meios de recursos de sintonia. Nesse processo, as suas faculdades perceptivas são ampliadas, pois o psiquismo humano encontra-se mais bem estruturado’.