Afinal, na visão do Espiritismo, o que é a alma? Além do ser humano, ela está presente onde mais? Também em seres que não pensam? Mas e acerca do pensamentos, da inteligência e o senso moral especial?
Espiritismo: o que, de fato, é a alma
Na introdução de ‘O Livro dos Espíritos‘, Allan Kardec esclarece que alma é ‘ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo’. Conceito que se estende do homem às plantas. ‘Pois pode haver vida com exclusão da faculdade de pensar’. Ou seja, ‘o princípio vital é coisa distinta e independente’.
Em outras palavras, ‘os seres orgânicos têm em si uma força íntima que determina o fenômeno da vida, enquanto essa força existe’. A espécie humana, porém, se destaca por possuir, além de pensamento e inteligência, ‘um senso moral especial’.
Materialismo
Allan Kardec destaca que o termo alma não exclui o materialismo nem o panteísmo (crença de que Deus e Universo são idênticos). O educador francês, codificador da Doutrina Espírita, chega a dividir o conceito em três camadas, para tentar diminuir a incompreensão.
Chama de alma vital o princípio da vida material. De alma intelectual o princípio inteligente. E de alma espírita ‘nossa individualidade após a morte’. No primeiro caso, comum a todos seres orgânicos. No segundo caso, para plantas, animais e homens. Por fim, o terceiro caso, somente ao homem.
Independente
Em conclusão: ‘a Doutrina Espírita repousa naturalmente sobre a existência, em nós, de um ser independente da matéria que sobrevive ao corpo’.
Mas qual seria a diferença em relação ao espírito? Nenhuma, apenas de nomenclatura, ainda de acordo com a obra básica de Allan Kardec. O espírito não tem forma humana (originalmente, uma luz) e, quando habita o corpo físico, é chamado de alma. Quando no plano espiritual, será espírito.