Qual o nosso papel após o desenvolvimento do livre-arbítrio, de acordo com o Espiritismo? Afinal, quando ele, de fato, começa a valer em nossa caminhada, com Deus nos dando mais flexibilidade de escolhas?
Espiritismo: o desenvolvimento do livre-arbítrio
Em ‘O Livro dos Espíritos‘, Allan Kardec perguntou acerca de um espírito ‘que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência’. Como ele será ‘capaz de escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha?’
‘Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha’.
Extravio
‘E só então é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons espíritos. A isso é que se pode chamar queda do homem’.
Em outras palavras, apenas quando somos capazes de responder pelo nossos atos, temos a flexibilidade de caminho, nos revela o Espiritismo. Condição que certamente nos encontramos hoje, em que independente da dor das pegadas, podemos fazer inúmeras escolhas.
Responsabilidade
Em conclusão: quanto mais conhecimento, mais responsabilidade. Ou seja, seremos mais cobrados, inclusive ainda enquanto encarnados. Muitas vezes permanecemos no caminho errado por ser uma ‘zona de conforto’, por não querermos eventualmente sofrer diante do desconhecido.
Mas nosso espírito está na Terra em nome da sua própria evolução. Em consequência, daqueles que amamos e de toda a humanidade. Negar os desafios, no médio e longo prazo, nos causa ainda mais sofrimento. Por isso, a necessidade de se fortalecer cada vez mais de conhecimento espiritual para sabermos lidar de modo fraterno diante dos desafios.
Quando somos capazes de viver na matéria, com a consciência espiritual, enxergamos com amplitude e lucidez cada passo como plantio, sem deixar de buscar renovar os sentimentos através de uma escala de vibração inferior.