Espiritismo: diferença entre anjo e anjo guardião

Para o Espiritismo, qual a diferença de um anjo para o anjo guardião? Qual o papel desses seres que fizeram o mesmo caminho que hoje trilhamos? Qual é o nosso papel, nesse momento na Terra, para curar nossas feridas e encontrar a leveza de espírito?

Diferença entre anjo e anjo guardião, de acordo com o Espiritismo

Em ‘O Céu e o inferno‘, Allan Kardec explica que anjo é o ‘puro espírito’. Ou seja, que atingiu o grau de perfeição na hierarquia espiritual. Já o chamado anjo guardião não precisa, necessariamente, ter atingido a perfeição moral, de acordo com o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, da Federação Espírita Brasileira (FEB).

‘Convivem conosco os Espíritos familiares de nossa vida e de nossa luta. Dos seres mais embrutecidos aos mais sublimados, temos a corrente do amor, cujos elos podemos simbolizar nas almas que se querem ou que se afinam umas com as outras, dentro da infinita gradação do progresso’, de acordo com o espírito André Luiz, no livro ‘Entre o céu e a terra‘, psicografia de Chico Xavier.

Responsabilidade e livre-arbítrio

O que plantamos, iremos colher. No sentido universal e eterno. Ou seja, podemos estar colhendo plantios de vidas passadas e podemos estar plantando dores para as próximas encarnações. Afinal, a existência é uma só e se estamos na Terra é porque temos que semear, obviamente o bem. Nosso anjo sempre irá nos intuir, mas nunca poderá caminhar por nós – caso contrário, estaria interferindo no livre-arbítrio.

Assim, através do perdão, da maneira madura e fraterna que lidamos com os desafios, que seremos capazes de apaziguar as energias enfermas que ainda temos. Aliás, sem os desafios – esses mesmos que estamos agora passando -, não teríamos campo fértil para tomar a decisão certa – não a mais fácil – e plantar.

Autocuidado

O corpo é a maior de todas as ferramentas do nosso espírito, agora na Terra, a maior de todas as escolas. As limitações da matéria podem ser uma prisão ou uma benção: se rebelar ou serenar, buscar a simplicidade, aprender e se doar.

Em conclusão: ao mesmo tempo que estamos ‘limitados’, o espírito está em expansão. Pois quando percebemos a serenidade provocada pelas atitudes corretas, com a nossa doação ao próximo, o espírito fica cada vez mais sublime. E essa leveza é uma das características dos anjos.

Daniel Polcaro: