Por que muitas pessoas, até mesmo estudantes do Espiritismo, encontraram dificuldade para compreender a morte? Afinal, o que pode nos provocar esse desespero quando retornamos para o plano espiritual?
Espiritismo: a dificuldade de aceitar a morte
No livro ‘Mediunidade: estudo e prática’, a Federação Espírita Brasileira (FEB) ressalta que o desespero causado pela morte (do corpo físico) ‘está muitas vezes relacionado à desinformação a respeito da continuidade da vida no plano espiritual’.
Além ‘do apego a pessoas e bens materiais, situação que configura o sentimento de perda, acrescido da terrível expectativa de não mais encontrar os entes queridos’. Em outras palavras, a falta de fé na continuidade, que estamos na Terra de passagem.
Dimensão
‘Havendo, porém, o entendimento de como ocorre a morte e o prosseguimento da vida em outra dimensão, a espiritual, ameniza-se muito o medo de morrer’. A FEB pondera como ‘situação que, por outro lado, possibilita auxiliar, efetivamente, os espíritos sofredores que se manifestam na reunião mediúnica’.
Ou seja: ‘à medida que o ser humano compreende que é imortal e que pode retornar à vida do corpo pela reencarnação, quantas vezes fizerem necessárias, o medo de morrer desaparece’.
Evolução
Em conclusão, reproduzindo o pensamento de Léon Denis: ‘A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. Para além da campa, abre-se um nova fase da existência’.
Ou seja, nunca deixaremos de ser espíritos. Hoje somos espíritos usando o corpo – uma ferramenta – para buscar a evolução de maneira mais rápida, curando feridas que nem sempre são possíveis serem sanadas apenas no plano espiritual. Pois na encarnação, teremos que conviver com pessoas de graus evolutivos diferentes. Principalmente dentro da mesma família, com necessidade de exercendo o perdão e o amor, doar e receber, de maneira fraternal. Buscando aceitar a condição de eternos aprendizes.