A mídia noticiou e opinou acerca das primeiras manifestações espiritualistas nos Estados Unidos e na Europa. Como o fenômeno era narrado pela impressa geral, sem o filtro de quem estudava o tema?
Editoral do The Times sobre a espiritualidade de Kate Fox
Arthur Conan Doyle, no livro ‘A História do Espiritualismo‘ (1926), reproduz editorial do jornal The Times, edição de 6 de janeiro de 1873, acerca da espiritualidade de Kate Fox. Um representante da publicação participou de sessão da médium, na Inglaterra, em 24 de novembro de 1871. ‘Muitos leitores sensatos talvez imaginem que lhes devamos desculpas por abrir nossas colunas a matéria tão contravertida quando o Espiritualismo e, assim, colocar em discussão assunto que deveria ser de pronto rejeitado como impostura ou ilusão’.
‘A impostura, contudo, precisa ser desmascarada, enquanto as ilusões populares, mesmo absurdas, são, com frequência, muito importantes para serem negligenciadas pela parcela mais sábia da humanidade. Haveria, no caso, como dizem os advogados, algo para ser levado ao júri? Ora, de um lado, abundam as supostas experiências, dificilmente suscetíveis de serem aceitas como provas – a par de poucos depoimentos de características mais notáveis ou impressionantes – ; de outro, temos muitas histórias de impostores condenados, e outros tantos relatos de descobertas de fraude e desapontamentos, como seria de se esperar’.
Cristais luminosos
No mesmo livro, o autor conta sobre a ‘produção de substâncias luminosas’ durante sessões da médium. ‘Na presença da Sra. Makdougall Gregory, do Sr. W. H. Harrison – editor de um jornal londrino – e outros, houve aparecimento de mão carregando material fosforescente de cerca de 4 polegadas quadradas. O qual se projetou o chão e tocou a face de um dos assistentes’.
‘Verificou-se que o material era de natureza fria. A Srta. Rosamund Dale Owen, ao relatar o mesmo fenômeno, descreve o objeto como ‘cristais luminosos’, afirmando jamais ter visto materialização que causasse uma sensação tão real da proximidade de um espírito como a dessas luzes graciosas’.
Filme
Está previsto para 2025 o lançamento do filme sobre as Irmãs Fox (além de Kate, Maggie e Leah), dirigido por Wagner de Assis, o mesmo diretor da série Nosso Lar. A trama narra a migração das médiuns do Canadá para os Estados Unidos e toda a polêmica envolvendo o Espiritualismo no século XIX.
Quando ainda eram adolescentes, passaram a responder a barulhos que ouviam na casa que moravam. Tratava-se do espírito de um comerciante que morou na mesma residência. Em seguida, passam a se comunicarem com ele.