Porque continuamos a chorar por quem morreu mesmo após muito tempo

O luto tem o tempo de cada um. O Espiritismo não delimita tempo e nem forma de viver essa perda física. Ou seja, o que precisamos é ter consciência da conexão energética que existe, mesmo entre os dois mundos, e que esse ato de chorar por quem morreu pode de alguma maneira prejudicar a caminhada do ente querido. Em outras palavras, se coloque no lugar dessa pessoa: seria bom sentir que é o causador dessa imensa dor em quem ficou na Terra?

Chorar por quem morreu

Chorar é um processo natural do nosso corpo quando não há palavras para nos socorrer, ou descrever o que sentimos. Quem nos ensina isso são os bebês, não é verdade? De acordo com belíssima frase de Chico Xavier, ‘queixas, gritos e mágoas são golpes em ti mesmo. Silencia e abençoa, a verdade tem voz’.

Assim, estaremos dando continuidade a missão dessa pessoa que nos marca tanto. E energeticamente, de maneira sadia, estaremos conectados sempre através da leveza e pureza do amor entre dois espíritos. Uma lágrima ou outra é mais do que natural: nos lembra a nossa condição de humanos.

Devo doar os objetos do ente querido?

‘O melhor uso que podemos dar é a caridade. Entretanto devemos ter um pouco de cuidado, pois cada criatura passa por um momento diferente das outras, principalmente no campo do luto’, aconselha o psicanalista André Marouço, estudioso do Espiritismo, da TV Mundo Maior.

Chico Xavier dizia que tudo que está sobrando em nossa casa está faltando em algum lugar. Assim, movimentamos as energias do bem em nossa vida e no mundo. Ou seja, é uma forma de receber de volta toda esse fluído da essência divina: quando mais espalhamos, mais recebemos.

Como manter contato com quem já morreu

O Espiritismo aconselha que esse processo seja a nível de pensamento, enviando boas energias, lembrando sempre do ente querido durante uma oração, por exemplo. Outras formas de comunicação precisa partir do ente querido, pois será realizado em momento oportuno, até mesmo durante um sonho.

A busca por cartas, embora sejam tragam um consolo incomparável, pode forçar um processo de comunicação que o ente querido ainda não está preparado.

Daniel Polcaro: