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Como disse Divaldo Franco “Não pode haver maior dádiva do que oferecer algo que não nos é mais útil e que vai salvar uma vida”.
A doação deve ser voluntária e consciente. Para o doador é um exemplo de desapego à matéria, expressando a sublimidade do amor incondicional em benefício do próximo. Para o receptor, é um exemplo da misericórdia divina que permite a continuidade da existência física.
Estamos vivendo em um mundo de provas e expiações e tudo que adquirimos são empréstimos para passarmos por nossas provas e com isso errar, aprender e evoluir. Com esse conhecimento, porque não repassar algo a alguém que irá mudar a sua vida?
Alguns médicos acreditam que apenas a morte cerebral é a morte real. Mas para alguns praticantes da doutrina espírita e até mesmo Divaldo Franco acreditam que não é a morte real, pois muitos pacientes que tem a morte cerebral voltaram depois de muitos anos e perfeitamente equilibrados.
A verdadeira morte é chamada de tronco encefálico, onde pega os grandes vasos e com esse fato sim, não a retorno do espírito para o corpo. Porque o cérebro está totalmente degenerado, todos os neurônios morrem, neste caso também o coração não serve para doação pois morreu. Nós esperamos que a ciência descubra um método de preservar artificialmente o coração até a morte encefálica quando então se fará o transplante.
A medicina e a tecnologia vai evoluindo junto com o plano espiritual, então podemos esperar muitas coisas boas que ainda estão por vir. E agradecer e usar aquilo que já temos capacidade de realizar, a doação de órgãos é uma delas.
Mas mesmo sabendo de tudo isso, ainda existe pessoas que são contra alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes. Isso não é verdade!
É preciso esclarecer que Chico Xavier quando afirmou “a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos, ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra”, fez porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas (inoportunas) para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido; depois pela sua idade, Chico não poderia doar seus órgãos; e se pudesse, o receptor dos órgãos, talvez fosse idolatrado.
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos espíritos sábios é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os espíritos, segundo Chico Xavier não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito. A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima.
Divaldo Franco certifica:
“Se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada.
Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O doador de olhos não retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?”
(Fonte: http://grupoallankardec.blogspot.com.br/ e Livro dos Espíritos)