Segundo o Espiritismo, qual a diferença entre animismo e mistificação? O que, de fato, é a manifestação natural do próprio espírito e a algo que é pura criação?
Diferença de animismo e mistificação, segundo o Espiritismo
De acordo com o instrutor Calderaro, citado no livro ‘No Mundo Maior‘, por André Luiz, psicografia de Chico Xavier, ‘a tese animista é respeitável. Partiu de investigadores conscienciosos e sinceros, e nasceu para coibir os prováveis abusos da imaginação’.
‘Entretanto, vem sendo usada cruelmente pela maioria dos nossos colaboradores encarnados, que fazem dela um órgão inquisitorial, quando deveriam aproveitá-la como elemento educativo, na ação fraterna’.
Prudência
O Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, da Federação Espírita Brasileira (FEB), observa que, ‘na verdade, precisamos adquirir maior cabedal de conhecimento sobre o animismo e agir com prudência em relação ao assunto’.
Por isso, precisamos, evitar ‘rotular as naturais manifestações anímicas, comuns e necessárias, de mistificação. É impróprio e antifraterno este rótulo, uma vez que ‘mistificação’ caracteriza o ato de alguém mentir, enganar, ludibriar’.
Avaliação
Em conclusão: o dirigente da casa espírita precisa avaliar as manifestações, sabendo manter o diálogo fraterno com os médiuns. Afinal, também são espíritos que estão passando por situações de sofrimento e aprendizado, tal qual irmãos já desencarnados que estão sendo atendidos.
O que não pode perdurar é uma série de mistificações, o que não apenas atrapalha o trabalho, mas também descredita todo o grupo perante frequentadores da casa. Portanto, não nos cabe julgar, mas sim dialogar, estendendo a mão ao irmão médium que pode estar passando por um período de desequilíbrio sem ter essa consciência.
Afinal, não poderia deixar de fazer parte do aprendizado o exercício da humildade, diante das limitações do corpo físico e também da mente, envoltas em oceanos de emoções, que navegamos entre etapas de transição da vida na maior de todas as escolas, que é a Terra.