ANTÔNIO CARLOS NAVARRO
Observando o Evangelho do Senhor Jesus encontramos inúmeras curas realizadas pelo Mestre dos Mestres, utilizando métodos diversos no atendimento dos que O procuravam.
Através da vontade explícita – “Quero, sê limpo” – ou do toque corporal pessoal, e também sendo tocado, da concessão da cura a distância e do manuseio de matéria comum – “barro no caso do cego de nascença” – o Senhor não encontrava dificuldades para curar os doentes que Dele se aproximavam demonstrando anseio pela interrupção da doença que os afligia.
Deixando claro que o que propiciava a cura era a fé presente no doente, o Senhor contribuía com os fluidos determinantes para o processo de revitalização da saúde do enfermo, com esses fluidos sendo absorvidos na mesma intensidade da vontade presente.
No entanto, não podemos nos esquecer que o Senhor Jesus, de formas implícita e explícita, justificou que as enfermidades estão relacionadas aos erros morais cometidos pelo Ser Humano, e por isso, doenças são os “sinais” de que algo inadequado foi, ou ainda, está sendo perpetrado em desacordo com a Lei de Deus.
Mas não é esse o ponto que queremos discutir, embora sejam imprescindíveis reflexões íntimas a respeito.
Queremos tocar no ponto da vontade, do desejo, da crença pessoal de que é possível interferirmos, positivamente, no processo de cura de nossas enfermidades físicas, através da convicção de que algo pode ser feito, mesmo porque o Senhor vaticinou “que tudo é possível àquele que crê”.
Fartamente conhecido pelas ciências médicas e psíquicas, o “Efeito Placebo” comprova que podemos nos curar, ou ajudar em nossa própria melhora, a partir da confiança em nossas forças interiores, principalmente, se, em paralelo, implantarmos novos comportamentos, como o otimismo, a alegria de viver, a gratidão, sem nos esquecer da necessária prática do amor ao próximo.
Certamente, haverá limites vinculados as nossas necessidades de provas e expiações, conforme o nosso planejamento reencarnatório, mas como desconhecemos esses limites, convém buscá-los, incessantemente, porque seja pela fé demonstrada, seja pela mudança de vida, podemos, perfeitamente, receber um incentivo da Divina Providência na forma de cura ou de melhora, para que possamos acelerar nosso desenvolvimento.
De qualquer forma, está em nossas mãos conseguir um estado de saúde mais feliz.
Cabe a nós interferirmos, positivamente, na busca da saúde integral, uma vez que, o Senhor Jesus deixou-nos claro que temos forças para isso. Basta fazer o que precisa ser feito, mas tem de ser hoje, não amanhã na esperança que as condições sejam mais propícias.
Pensemos nisso.