E quando o animismo é tão grande que o doente espiritual acredita estar em processo obsessivo? O que o Espiritismo nos alerta sobre comportamento que pode parecer a manifestação de um outro espírito? Animismo: comportando como se tivesse no passado No livro 'Nos Domínios da Mediunidade', psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, o espírito André Luiz narra a história de uma senhora enferma, que busca auxílio na casa espírita, e durante o transe mediúnico, na verdade, não se conecta a nenhum espírito. No Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, da Federação Espírita Brasileira (FEB), também se destaca que a senhora não apresenta 'vestígio de mistificação, consciente ou inconsciente'. Ou seja, trata-se de animismo 'descontrolado' de alguém 'carente de auxílio'. Choque do renascimento Em outras palavras: apesar do choque biológico do renascimento do corpo físico, a experiência traumática de uma existência passada ainda é mais forte. 'Fixando-se nessa lembrança, quando instada de mais perto pelo companheiro que lhe foi irrefletido algoz, passa a comporta-se qual se estive ainda no passado que teima ressuscitar'. 'Sem dúvida, em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque ao influxo de recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão-somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento'. https://www.youtube.com/watch?v=cEcwPeaNaTE Enferma espiritual Em conclusão: trata-se de uma 'enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação íntima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo'. Por isso, a necessidade do despertar através do autoconhecimento. Mas também do reconhecimento que estamos na Terra, a maior de todas as escolas, como aprendizes, sem competição por conquistas externas. Nosso espírito está em busca de cura, vivendo situações que ainda não fomos capazes de passar sem ferir o próximo e, claro, também a humanidade.