A Ajuda Divina em sua vida

Richard Simonetti

Chovia torrencialmente. O rio transbordava, as águas invadiam o vilarejo.

Aquele crente, que morava sozinho em confortável vivenda multiplicou, orações, pedindo a assistência do Céu.

Em dado momento, ante o avanço da enchente, foi para o telhado, confiante de que Deus o salvaria.
As águas subindo…

Passou um barco recolhendo pessoas ilhadas.

– Não é preciso. Deus me salvará!

As águas subindo…

Passou uma lancha…

– Fiquem tranqüilos! Confio em Deus.

As águas subindo…

Passou um helicóptero…

– Sem problema! Deus me protegerá.

As águas subiram mais, derrubaram a casa e o homem morreu afogado…

Diante do Criador, na vida eterna, reclamou:

– Oh! Senhor! Confiei em ti e me falhaste!

– Engano seu, meu filho! Mandei um barco, uma lancha e um helicóptero para recolhê-lo!

***

Não estamos entregues à própria sorte, como sugere o pensamento materialista de Jean Paul Sartre (1905-1980).

O Senhor não esquece ninguém. A todos estende sua mão complacente, dando-nos condições para enfrentar nossas dificuldades e dissabores.

Há um problema: raramente identificamos a ação divina. Isso porque as respostas de Deus nem sempre correspondem às nossas expectativas.

Pedimos o que desejamos.

Deus nos dá o que precisamos.

Os temporais da existência simbolizam as esfregadas da Providência Divina, ensejando mudança de rumo.

Senão, vejamos:

1. A doença respiratória…

2. O lar em desajuste…

3. A dificuldade financeira…

4. A perda do emprego…

5. O acidente automobilístico…

São situações constrangedoras que nos perturbam.

Pedimos a ajuda divina.

Deus vem em nosso auxílio, mas é preciso que nos disponhamos a tomar o barco do futuro, deixando no passado velhas tendências.

Podemos considerar, na mesma seqüência, que:

1. O tabagismo afeta os pulmões.

2. A incompreensão conturba o relacionamento afetivo.

3. A indisciplina nos gastos faz rombos nas contas

4. A displicência profissional resulta em demissão.

5. A irresponsabilidade no trânsito favorece desastres.

A pouca disposição em encarar nossos erros e desacertos, como causa de nossas dificuldades e problemas, neutraliza a ação divina em nosso benefício.

As crises sugerem mudanças.

Se não mudamos com elas, sempre nos sentiremos abandonados por Deus, incapazes de identificar o socorro divino.

***

A propósito vale lembrar interessante texto, que me veio ter às mãos, sem indicação do autor:

Pedi a Deus para tirar os meus vícios.

Deus disse:

– Compete a ti superá-los.

Pedi a Deus para fazer completo meu filho deficiente.

Deus disse:

– Seu Espírito é completo. O corpo é temporário.

Pedi a Deus para me dar paciência.

Deus disse:

– Paciência não é dádiva. É aprendizado.

Pedi a Deus para me dar felicidade.

Deus disse:

– Eu dou bênçãos. Felicidade depende de ti.

Pedi a Deu para me livrar da dor.

Deus disse:

– Sofrer te afasta do mundo e te aproxima de Mim.

Pedi a Deus para fazer meu espírito crescer.

Deus disse:

– Deves crescer por si próprio. Farei a poda para que dês frutos.

Pedi a Deus todas as coisas que me fariam apreciar a vida.

Deus disse:

– Eu te darei Vida para que aprecies todas as coisas.

Pedi a Deus para me ajudar a amar os outros como Ele me ama.

Deus disse:

– Ahhh! Finalmente entendeste!

 

Livro Abaixo a Depressão

Daniel Polcaro: