O Espiritismo nos esclarece sobre a vida após a morte, mas mesmo praticantes da Doutrina podem encontrar dificuldade na passagem. Pois, de fato, o corpo físico deixa de existir. Allan Kardec cita uma ‘ilusão’ que podemos passar, principalmente em casos de mortes violentas, desencarnes repentinos.
A ilusão após a morte, de acordo com o Espiritismo
Em ‘O Livro dos Espíritos‘, Allan Kardec observa que no caso de morte violenta, é natural que tentamos falar com as pessoas que amamos, mas elas não respondem. Isso mesmo após visualizarmos o corpo ferido. ‘Semelhante ilusão se prolonga até ao completo desprendimento do perispírito’.
Para quem não cultiva a espiritualidade no dia a dia, independente da religião, a morte pode ser um enorme tabu. Logo, esse momento de transição é de aflição pelo desconhecido. Afinal, já está se vivendo uma nova condição, que não é mais a material.
‘Malas prontas’
O termo deve ser encarado com serenidade entre quem busca o autoconhecimento. Pois somos eternos e a caminhada precisa continuar. Mas nunca deixaremos de viver os sentimentos e, obviamente, medo e desesperança.
Por isso a importância do estudo do imaterial, que é a nossa verdadeira essência. Podemos e devemos buscar o conforto, a paz interior e preservar a maior de todas as nossas ferramentas: o corpo. Mas compreendendo, com gratidão, que ele terá um limite.
Viver para a eternidade
Em conclusão, saber que tudo é passageiro e os prazeres carnais que hoje estamos acostumados serão diferentes. Assim, quanto mais tivermos essa consciência, mais estaremos preparados.
Portanto, quem busca a cada dia se elevar mais, a começar pelo pensamento, passa a se sintonizar com o eterno. Praticando a aceitação, a paciência e, logo, cultivando o amor que transcende. Dessa maneira, alimentamos a essência da eternidade em nós, mesmo com a mudança de planos inúmeras vezes.