Como ocorre a chamada depuração do espírito, quando ele consegue se tornar um ser de luz, auxiliando no desenvolvimento da humanidade? Qual a visão de Allan Kardec sobre esse tema?
A depuração de cada espírito, segundo Allan Kardec
Na Revista Espírita, edição de fevereiro de 1858, o codificador observa que o ensino acerca do tema ‘jamais variou’. Porém ressalta que ‘eles não pertencem eternamente à mesma ordem e que, em consequência, essas ordens constituem espécies distintas: são diferentes graus de desenvolvimento’.
Em outras palavras, ‘os espíritos seguem a marcha progressiva da natureza: os das ordens inferiores são ainda imperfeitos’. Em seguida, ‘depois de depurados, atingem as ordens superiores’. Dessa forma, avançando ‘na hierarquia à medida que adquirem qualidades, experiência e conhecimentos que lhes faltam. No berço, a criança não se assemelha ao que será na idade madura. Entretanto, é sempre o mesmo ser’.
Classificação
Portanto, ainda de acordo com Kardec na segunda edição da Revista Espírita, ‘a classificação dos espíritos baseia-se no grau de adiantamento, nas qualidades que já adquiriram e nas imperfeições de que terão ainda de despojar-se. Esta classificação, aliás, nada tem de absoluta’. Ou seja, ‘apenas no seu conjunto cada categoria apresenta caráter definido’.
‘De um grau a outro a transição é insensível e, nos limites extremos, os matizes se apagam, como nos reinos da natureza, nas cores do arco-íris ou, também, como nos diferentes períodos da vida do homem’.
Classes
‘Podem, pois, formar-se maior ou menos número de classes, conforme o ponto de vista donde se considere a questão. Dá-se aqui o que se dá com todos os sistemas de classificação científica, os quais podem ser mais ou menos completos, mais ou menos racionais e mais ou menos cômodos para a inteligência’.
‘Sejam, porém, quais forem, em nada alteram as bases da ciência. Assim, é natural que, inquiridos sobre este ponto, hajam os espíritos divergido quanto ao número de categorias, sem que isso tenha valor algum’.