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Mãe de aluguel que entregou ‘gêmeos’ a casal descobre que um deles era seu filho biológico

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BBC

Uma mãe de aluguel da Califórnia, nos Estados Unidos, deu à luz o que pensou serem gêmeos gerados para um casal chinês – mas descobriu que um dos bebês era filho biológico seu.

Jessica Allen fora contratada em 2016 pelo casal como barriga de aluguel e passou por um processo de fertilização in vitro bem-sucedido.

Quando foi submetida a um ultrassom, os médicos perceberam que ela gerava dois embriões.

“Com seis a sete semanas (de gestação), foi encontrado um outro embrião – que disseram ter se originado no primeiro embrião, que teria se dividido em gêmeos idênticos”, relembra a americana sobre a explicação que ouviu dos médicos à época.

Assim, ambas crianças foram entregues à família chinesa logo que nasceram.

gravidez

‘Com certeza queremos nosso filho’

Allen diz que não viu os bebês após o parto, em dezembro do ano passado. Até que, semanas depois, a família chinesa lhe enviou fotos dos bebês.

“Achei que ela só estava sendo gentil para me mostrar como os bebês estavam crescendo”, conta Allen.

Mas, depois, Allen entendeu que a mãe adotiva estava em dúvida quanto a se os bebês eram de fato gêmeos, por causa da aparência de um deles – o que ficou claro quando recebeu uma mensagem de texto perguntando: “Eles (bebês) não são iguais, certo?”

“Eu imediatamente fiquei assustada, me questionando: como isso pode ter acontecido?”, diz.

Os bebês foram submetidos, então, a testes de DNA – cujos resultados foram comunicados pela mãe chinesa através do Skype.

“Foi quando ela me disse que exames indicaram que eu era a mãe genética (de um dos bebês)”.

Descobriu-se então que Allen tinha tido uma superfetação: fenômeno raro em que seu corpo ovulou mesmo quando ela já estava grávida. Ela diz que só teve relações sexuais com seu marido durante a gravidez usando camisinha, mas acabou concebendo um segundo bebê enquanto estava grávida do primeiro.

“Meu corpo naturalmente ovulou enquanto eu já estava grávida – isso é muito raro. Ninguém sabe muito sobre isso, mas com minha situação, mais pessoas estão se dando conta (dessa possibilidade)”, conta.

Inicialmente, ela conta que a agência de adoção “sugeriu que desistíssemos do bebê e o colocássemos para adoção – e que já havia um casal interessado em adotá-lo”.

“A essa altura, não tínhamos ideia de o que fazer, então ao final do telefonema eu disse que iríamos conversar, porque precisávamos resolver como nos prepararíamos para literalmente ganhar um bebê da noite para o dia”.

No entanto, no dia seguinte Allen disse à família chinesa: “Nós com certeza queremos nosso filho”.

Fora da certidão

Mas Allen e seu marido – que já tinham dois filhos – enfrentaram dificuldades porque, legalmente, eles não eram os pais oficiais.

Isso porque a mãe adotiva foi quem assinou a certidão de nascimento dos dois bebês. Caberia a ela, portanto, decidir se colocaria uma das crianças para adoção.

“Eu não estava na certidão de nascimento, mas sou a mãe biológica, meu marido é o pai biológico e temos provas de DNA”, explica Allen, acrescentando que ela e o marido tiveram de devolver parte do dinheiro pago pela barriga de aluguel (equivalente a R$ 99 mil) referente à gestação do segundo bebê.

Também tiveram de pagar honorários aos advogados contratados para obter a guarda do filho biológico.

Mas, ao fim de meses de brigas judiciais, Allen conseguiu a guarda da criança, que hoje tem 10 meses de idade.

Ela lembra que estava com os nervos em frangalhos quando chegou, finalmente, o momento de conhecer seu filho.

“Quando ela (assistente social) tirou-o do carro e veio com ele em minha direção, eu simplesmente puxei-o para mim, dizendo, ‘me devolva o meu bebê’, e beijei-o enquanto olhava o seu rosto pela primeira vez. Voltei para casa com ele no banco de trás do carro, para vê-lo e conversar com ele.”

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